Cultura do abandono
Para um país com tanta História e Cultura, somos os primeiros a desvalorizar a sua importância.
Sempre que posso visito locais que integram o Património Cultural português, mas nem sempre encontro experiências positivas. E não sou o único a ficar desapontado.
Infelizmente, temos no nosso país um quadro de prioridades muito pouco flexível. Enquanto alguns locais e edifícios emblemáticos são considerados o “Holly Grail” do Património Cultural, outros são deixados ao abandono e degradação total, sobretudo espaços arqueológicos que recuam aos séculos V-IV a.C.
Por um lado, alguns Municípios continuam a investir os fundos monetários para a Cultura em ideias totalmente recicladas e sem inovação. Ora, se esse dinheiro fosse direcionado para a dinamização e divulgação dos espaços mencionados, as experiências dos visitantes seriam mais positivas.
Por outro lado, parece existir um esforço reduzido, cingindo o investimento apenas à manutenção básica destes locais. O que acontece é que os visitantes programam uma viagem e quando chegam ao seu destino não encontram ninguém para os receber, o que denota também uma grande falta de supervisão e segurança.
É essencial começar já a desconstruir esta mentalidade limitativa na Cultura. Percorremos um caminho muito perigoso, onde num futuro muito próximo a geração mais jovem não irá conhecer a História do próprio país.
Fica o apelo aos poderosos que escolhem ignorar os sintomas de uma sociedade doente! O novo analfabetismo reside na ausência de conhecimento, porque a desinformação e in(Cultura) está em todo o lado.
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